segunda-feira, 20 de julho de 2015

MPS.BR – Melhoria de Processos do Software Brasileiro - ENGENHARIA DE SOFTWARE



INTRODUÇÃO

Segundo o relato disponível da disciplina de Engenharia de Software ministrada pelo especialista e professor da Faculdade Anhanguera de Bauru, Eduardo José dos Santos.
Um problema antigo e continuo no desenvolvimento de software é a falta de gerenciamento de processo, métodos e ferramentas, e quando porventura é utilizada, alguma técnica, o processo se desenvolve de forma ineficaz.
Resultado desta falta de estrutura é o estouro no orçamento especificado e o atraso na entrega do projeto pronto. Isto faz com que os desenvolvedores e clientes se preocupem cada vez mais com a qualidade com que o sistema é desenvolvido. Os desenvolvedores para não perderem em diversos níveis e os clientes para que não invistam em projetos que não trarão retorno desejado, e que não supram as necessidades impostas.

MPS. BR

Segundo Renato José Groffe na sua publicação sobre Maturidade no Desenvolvimento de Software: CMMI e MPS-BR e com base na publicação dos Redatores da Oficina da Net sobre MPS.br, Melhoria do Processo de Software Brasileiro é uma metodologia voltada à área de desenvolvimento de sistemas. Criada e desenvolvida em 2003, contando com a participação de sete instituições brasileiras: a SOFTEX coordena o projeto, três instituições de ensino, pesquisa e centro (COPPE / UFRJ, CESAR, CenPRA); uma sociedade de economia mista, a companhia de Informática do Paraná (CELEPAR), hospedeira do Subcomitê de Software da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); e duas organizações não governamentais integrantes do Programa SOFTEX (Sociedade Núcleo de Apoio à Produção e Exportação de Software do Rio de Janeiro – RIOSOFT e Sociedade Núcleo SOFTEX 2000 de Campinas) juntamente com a Universidade Católica de Brasília – UCB.
O projeto, Melhorias de Processo do Software Brasileiro, coordenado pela SOFTEX é apontado como uma solução para tornar o software brasileiro em um produto de exportação competitivo no Brasil e no exterior, visando aumentar a competitividade da indústria brasileira de software.

Descrição geral do MPS.BR

Visa definir e aprimorar um modelo de melhoria e avaliação de processo de software, visando preferencialmente às micros, pequenas e médias empresas, de forma a atender as suas necessidades de negócios e ter mérito nacional e internacional. Consiste também em um método de avaliação, o qual da à sustentação e garante que o MPS.BR está sendo empregado de forma coerente.
Este modelo de aprimoramento de melhorias e avaliação de processo de software é constatada pelas normas NBR ISO/IEC 1207 – Processo de Ciclo de Vida de Software, pelas primeira e segunda emenda da norma internacional ISO/IEC 1207 e pela ISO/IEC 15504 – Avaliação de Processo.

O programa mobilizador MPS.BR está divido em três componentes:
Modelo de Referência (MR-MPS);
Modelo de Avaliação (MA-MPS);
Modelo de Negocio (MN-MPS);
  

Figura_1 – Programa_Mobilizador_MPS.BR

 MR-MPS – Modelo de Referencia para Melhoria do Processo de Software

O Modelo de Referência define níveis de maturidade que são uma combinação entre processo e sua capacidade. Isso permite avaliar e atribuir graus de efetividade na execução dos processos.


MA-MPS – Método de avaliação para Melhoria do Processo de Software

Foi definido em conformidade com os requisitos para modelos de referência de processo e métodos de avaliação de processos estabelecidos na norma ISO/IEC 1554-2 e atende os requisitos específicos do programa MPS.BR.

O processo de avaliação é composto por quatro subprocessos:
Contratar a avaliação;
Preparar a realização da avaliação;
Realizar a avaliação;
Documentar os resultados da avaliação;

MN-MPS – Modelo de Negocio para Melhoria do Processo de Software

Instituições que se propõem a implantar os processos podem se credenciar através de um documento onde é apresentada a instituição proponente, contendo seus dados com ênfase na experiência em processos de software, estratégia de implementação do modelo, estratégia para seleção e treinamento de consultores para implementar.

Processo de Garantia da Qualidade – GQA
Este processo está dividido em outros quatros procedimentos a serem executados, baseado no modelo ágil Scrum.
GQA 1 – A aderência dos produtos de trabalhos aos padrões, procedimento e requisitos aplicáveis;
GQA 2 – A aderência dos processos executados às descrições de processo, padrões e procedimentos;
GQA 3 – Problemas e não-conformidade são identificados;
GQA 4 – Ações corretivas para as não-conformidade são estabelecidas e acompanhadas até as suas efetivas conclusões;

COMPARAÇÕES COM SEI / CMMI

Segundo Renato José Groffe na sua publicação sobre Maturidade no Desenvolvimento de Software: CMMI e MPS-BR e com base na publicação do Instituto de Tecnologia de Software – ITS sobre Comparação do MPS.BR com o CMMI, os modelos é regido pela mesma normas e pode se dizer que os dois modelos tem equivalência.
CMMI (Capability Maturity Model Integration ou Modelo de Maturidade em Capabilidade e Integração) surgiu da necessidade do Departamento de Defesa Aérea dos Estados Unidos de melhorar a qualidade dos softwares contratados, com objetivo, de fazer como uso de ferramenta de avaliação dos processos de desenvolvimento das empresas fornecedoras de sistema. Este modelo foi desenvolvido pela Universidade Carnegie Mellon, o primeiro passo foi constituir um modelo de base, então se criou o Instituto de Engenharia de Software – SEI. A SEI é também responsável por diversas pesquisas relacionada à Engenharia de Software e comanda o gerenciamento da CMM.
Este projeto consiste em normas e padrões definidos por grande reguladoras no segmento, entre as normas podemos citar:
IEEE 1219 – Software Maintenance – rege normas e padrões sobre Manutenção e Produção de Software;
ISO 14764 – Software Maintenance – rege normas e padrões sobre Manutenção e Produção de Software;
IEEE 1042 – Software Configuration Management – rege normas e padrões sobre o Gerenciamento de Configuração de Software;
IEEE 828 – Software Configuration Management Plans – rege normas e padrões sobre o Gerenciamento de Planos de Configuração de Software;

MATURIDADE

O CMMI está dividido em cinco níveis de maturidade, que atesta por sua vez o grau de evolução em que uma organização se encontra num determinado momento.

Figura_2 – Nível de maturidade do CMMI

Dentre os principais benefícios da implantação do CMMI, estão:
Maior confiabilidade que se refere ao cumprimento de prazo e custo;
Gerenciamento das atividades relativas à produção de software;
Qualidade na criação do software;
Menor dependência da empresa de desenvolvimento para com os seus especialistas;
A busca por excelência continua;
Cada nível indica, por sua vez, o grau de maturidade dos processos num determinado instante:

Nível 1 – Inicial: os processos estão envoltos num caos decorrente de não obediência;
Nível 2 – Gerenciador: os projetos têm seus requisitos gerenciados neste ponto. Alem disso, há o planejamento, a maldição e o controle dos diferentes processos;
Nível 3 – Definido: os processos estão claramente definidos e são compreendidos dentro da organização;
Nível 4 – Gerenciador Quantitativamente: ocorre o aumento da previsibilidade do desempenho de diferentes processos;
Nível 5 – Otimizando: existe uma melhoria continua dos processos.
Enfatiza-se, dentro do MPS.BR, o uso das principais abordagens internacionais voltadas para a definição, a avaliação e a melhoria dos processos de software. Tal fato torna o MPS.BR compatível inclusive com as praticas do CMMI. Há ainda no MPS.BR uma estrutura de níveis de maturidade, de forma similar aquela existente do CMMI.

Figura_3 – Nível de Maturidade do MPS.BR

A – Em Otimização: preocupa-se com a questão da inovação e analise;
B – Gerenciador Quantitativamente: avalia do desempenho dos processos;
C – Definido: ocorre o gerenciamento de risco;
D – Largamente Definido: verifica valida, libera, instala e integra, dentre outras atividades;
E – Parcialmente Definido: treinamento e adaptação para gerenciamento de projetos;
F – Gerenciador: introduz controles de medição, gerencia de configuração, conceito sobre aquisição e garantia da qualidade;
G – Parcialmente Gerenciado: inicia o gerenciamento de requisitos e de projetos.

PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO

A SOFTEX realiza cursos para formação de consultores, compradores e avaliadores MPS.BR. São ao todo 4 cursos:
Curso de Introdução - C1
Curso de Implementação - C2
Curso de Avaliação - C3
Curso de Aquisição - C4
Periodicamente, são realizadas provas a nível nacional para certificar profissionais em cada um dos cursos descritos acima. Tanto os cursos e as provas são realizadas nos Agentes SOFTEX em cada estado, por exemplo:
SOFTEX Campinas (SP)
ITS (São Paulo - SP)
FUMSOFT (Belo Horizonte - MG)
RIOSOFT (Rio de Janeiro - RJ)
SOFTSUL (Porto Alegre - RS)
Entre outras
O CMMI Institute divulgou o Maturity Profile Reports de 2013.


Figura_4 – Números da Avaliação

Os países que mais reportaram avaliação SCAMPI 2013. O Brasil está da sétima colocação e a China lidera passando os Estados Unidos.


Figura_5 – Rank 2012
Dentre as avaliações do Brasil, temos um cenário de maturidade das empresas;


Figura_6 – Avaliação de Maturidade


Figura_7 – Avaliação de Maturidade no Mundo


Figura_8 – Rank de Maturidade no Mundo
Estas empresas tiveram a obtenção da certificação:
Accenture SP 2005
BRQ SP 2006
Ci&T SP 2007
EDS SP 2006
EDS SP 2008
IBM RJ 2005
Instituto Atlantico CE 2009
Politec DF 2006
Spread Systems – MSA-Infor Unit MG 2010
Stefanini SP 2005
Tata Consultancy Services DF 2004
Unisys MG 2005

VANTAGEM E DESVANTAGEM

CMMI vantagem

O modelo de qualidade CMMI é reconhecido internacionalmente e se tornou uma referencia no mercado. Empresas como a Microsoft já adotam o modelo como estratégia para exportação da mão-de-obra brasileira, buscando obter um diferencial competitivo.
CMMI desvantagem

O modelo CMMI é proprietário e envolve um grande custo para a realização das avaliações do modelo para obter a certificação. Geralmente o custo fica entre RS$200 mil a RS$1 milhão a depender da
Complexidade do processo. Além disso, é necessário investir tempo, geralmente para se chegar aos níveis de maturidade mais altos leva em média 4 a 8 anos. Essas dificuldades contrastam com a realidade das empresas brasileiras que não podem realizar um investimento tão alto na obtenção da certificação.
MPS.BR vantagem

O MPS BR foi criado com o objetivo de ser um modelo de processo, que seja mais rápido de ser adquirida, adequado a realidade brasileira e mais accessível do que os modelos de projeto como CMMI. Essa é algumas das suas vantagens, além disso, é pode-se citar:
Possui sete níveis de maturidade, onde a implantação é mais gradual e adequada a pequenas e médias empresas;
Possui compatibilidade com CMMI, facilitando à obtenção do certificado.
Avaliação bienal das empresas.
Integração universidade-empresa.
Outra vantagem é o MPS BR passou a ser exigido no processo de licitação.

MPS.BR desvantagem

Apesar do foco do MPS BR ser um meio das médias e pequenas empresas alcançarem a qualidade nos processos e nos produtos desenvolvidos, servindo como uma alternativa para o CMMI, a certificação não é competitiva o suficiente para tornar a empresa competitiva internacionalmente.


CONCLUSÃO

Apesar dos dois modelos de desenvolvimento ter sido criado com o mesmo propósito, o foco de atuação dos modelos são diferentes um do outro. Enquanto o MPS BR é um modelo criado em função das médias e pequenas empresas, o CMMI tem um foco global mais voltado para as empresas de maior porte.
Contudo apesar dessas diferenças é possível afirmar que na realidade brasileira os modelos são complementares. As médias e pequenas empresas adotam o MPS BR com o objetivo de conseguir alcançar uma padronização e qualidade no processo com mais velocidade e de baixo custo. Uma vez alcançada essa padronização a empresa já se encontra qualificada para tentar obter a certificação CMMI.


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Gabaritou TI
Gabaritou TI é uma plataforma para resolução de questões on-line especializada em provas e concursos da Área de Tecnologia da Informação.
Publicado em 2 de dez de 2014


trabalho desenvolvido em grupo:

MPS.BR – Melhoria de Processos do Software Brasileiro - ENGENHARIA DE SOFTWARE
ANHANGUERA EDUCACIONAL - FACULDADE ANHANGUERA DE BAURU
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

integrantes do grupo:

BRUNO ROMEIRO COMIN
GUILHERME ROBERTO SIMÕES
JOÃO FABIO MARQUES DA SILVA
KALLEL CHRISTIANINI BARBOSA
MATTHEWS HENRIQUE NICOMEDES


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