INTRODUÇÃO
Segundo o relato disponível da disciplina de
Engenharia de Software ministrada pelo especialista e professor da Faculdade
Anhanguera de Bauru, Eduardo José dos Santos.
Um problema antigo e continuo no desenvolvimento de software
é a falta de gerenciamento de processo, métodos e ferramentas, e quando porventura
é utilizada, alguma técnica, o processo se desenvolve de forma ineficaz.
Resultado desta falta de estrutura é o estouro no
orçamento especificado e o atraso na entrega do projeto pronto. Isto faz com
que os desenvolvedores e clientes se preocupem cada vez mais com a qualidade com
que o sistema é desenvolvido. Os desenvolvedores para não perderem em diversos
níveis e os clientes para que não invistam em projetos que não trarão retorno
desejado, e que não supram as necessidades impostas.
MPS.
BR
Segundo Renato José Groffe na sua publicação sobre
Maturidade no Desenvolvimento de Software: CMMI e MPS-BR e com base na
publicação dos Redatores da Oficina da Net sobre MPS.br, Melhoria do Processo
de Software Brasileiro é uma metodologia voltada à área de desenvolvimento de
sistemas. Criada e desenvolvida em 2003, contando com a participação de sete
instituições brasileiras: a SOFTEX coordena o projeto, três instituições de
ensino, pesquisa e centro (COPPE / UFRJ, CESAR, CenPRA); uma sociedade de
economia mista, a companhia de Informática do Paraná (CELEPAR), hospedeira do
Subcomitê de Software da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT); e
duas organizações não governamentais integrantes do Programa SOFTEX (Sociedade
Núcleo de Apoio à Produção e Exportação de Software do Rio de Janeiro – RIOSOFT
e Sociedade Núcleo SOFTEX 2000 de Campinas) juntamente com a Universidade
Católica de Brasília – UCB.
O projeto, Melhorias de Processo do Software
Brasileiro, coordenado pela SOFTEX é apontado como uma solução para tornar o software
brasileiro em um produto de exportação competitivo no Brasil e no exterior,
visando aumentar a competitividade da indústria brasileira de software.
Descrição
geral do MPS.BR
Visa definir e aprimorar um modelo de melhoria e
avaliação de processo de software, visando preferencialmente às micros,
pequenas e médias empresas, de forma a atender as suas necessidades de negócios
e ter mérito nacional e internacional. Consiste também em um método de
avaliação, o qual da à sustentação e garante que o MPS.BR está sendo empregado
de forma coerente.
Este modelo de aprimoramento de melhorias e
avaliação de processo de software é constatada pelas normas NBR ISO/IEC 1207 –
Processo de Ciclo de Vida de Software, pelas primeira e segunda emenda da norma
internacional ISO/IEC 1207 e pela ISO/IEC 15504 – Avaliação de Processo.
O programa mobilizador MPS.BR está divido em três
componentes:
Modelo de Referência (MR-MPS);
Modelo de Avaliação (MA-MPS);
Modelo de Negocio (MN-MPS);
Figura_1 – Programa_Mobilizador_MPS.BR
MR-MPS – Modelo de Referencia para Melhoria do
Processo de Software
O Modelo de Referência define níveis de maturidade
que são uma combinação entre processo e sua capacidade. Isso permite avaliar e
atribuir graus de efetividade na execução dos processos.
MA-MPS – Método de avaliação para Melhoria do
Processo de Software
Foi definido em conformidade com os requisitos para
modelos de referência de processo e métodos de avaliação de processos
estabelecidos na norma ISO/IEC 1554-2 e atende os requisitos específicos do
programa MPS.BR.
O processo de avaliação é composto por quatro
subprocessos:
Contratar a avaliação;
Preparar a realização da avaliação;
Realizar a avaliação;
Documentar os resultados da avaliação;
MN-MPS – Modelo de Negocio para Melhoria do Processo
de Software
Instituições que se propõem a implantar os processos
podem se credenciar através de um documento onde é apresentada a instituição proponente,
contendo seus dados com ênfase na experiência em processos de software,
estratégia de implementação do modelo, estratégia para seleção e treinamento de
consultores para implementar.
Processo de Garantia da Qualidade – GQA
Este processo está dividido em outros quatros
procedimentos a serem executados, baseado no modelo ágil Scrum.
GQA 1 – A aderência dos produtos de trabalhos aos
padrões, procedimento e requisitos aplicáveis;
GQA 2 – A aderência dos processos executados às
descrições de processo, padrões e procedimentos;
GQA 3 – Problemas e não-conformidade são
identificados;
GQA 4 – Ações corretivas para as não-conformidade
são estabelecidas e acompanhadas até as suas efetivas conclusões;
COMPARAÇÕES COM SEI / CMMI
Segundo Renato José Groffe na sua publicação sobre
Maturidade no Desenvolvimento de Software: CMMI e MPS-BR e com base na
publicação do Instituto de Tecnologia de Software – ITS sobre Comparação do
MPS.BR com o CMMI, os modelos é regido pela mesma normas e pode se dizer que os
dois modelos tem equivalência.
CMMI (Capability Maturity Model Integration ou
Modelo de Maturidade em Capabilidade e Integração) surgiu da necessidade do
Departamento de Defesa Aérea dos Estados Unidos de melhorar a qualidade dos softwares
contratados, com objetivo, de fazer como uso de ferramenta de avaliação dos
processos de desenvolvimento das empresas fornecedoras de sistema. Este modelo
foi desenvolvido pela Universidade Carnegie Mellon, o primeiro passo foi
constituir um modelo de base, então se criou o Instituto de Engenharia de Software
– SEI. A SEI é também responsável por diversas pesquisas relacionada à
Engenharia de Software e comanda o gerenciamento da CMM.
Este projeto consiste em normas e padrões definidos
por grande reguladoras no segmento, entre as normas podemos citar:
IEEE 1219 – Software Maintenance – rege normas e
padrões sobre Manutenção e Produção de Software;
ISO 14764 – Software Maintenance – rege normas e
padrões sobre Manutenção e Produção de Software;
IEEE 1042 – Software Configuration Management – rege
normas e padrões sobre o Gerenciamento de Configuração de Software;
IEEE 828 – Software Configuration Management Plans –
rege normas e padrões sobre o Gerenciamento de Planos de Configuração de Software;
MATURIDADE
O CMMI está dividido em cinco níveis de maturidade,
que atesta por sua vez o grau de evolução em que uma organização se encontra
num determinado momento.
Figura_2 – Nível de maturidade do CMMI
Dentre os principais benefícios da implantação do CMMI,
estão:
Maior confiabilidade que se refere ao cumprimento de
prazo e custo;
Gerenciamento das atividades relativas à produção de
software;
Qualidade na criação do software;
Menor dependência da empresa de desenvolvimento para
com os seus especialistas;
A busca por excelência continua;
Cada nível indica, por sua vez, o grau de maturidade
dos processos num determinado instante:
Nível 1 – Inicial: os processos estão envoltos num
caos decorrente de não obediência;
Nível 2 – Gerenciador: os projetos têm seus
requisitos gerenciados neste ponto. Alem disso, há o planejamento, a maldição e
o controle dos diferentes processos;
Nível 3 – Definido: os processos estão claramente
definidos e são compreendidos dentro da organização;
Nível 4 – Gerenciador Quantitativamente: ocorre o
aumento da previsibilidade do desempenho de diferentes processos;
Nível 5 – Otimizando: existe uma melhoria continua
dos processos.
Enfatiza-se, dentro do MPS.BR, o uso das principais
abordagens internacionais voltadas para a definição, a avaliação e a melhoria
dos processos de software. Tal fato torna o MPS.BR compatível inclusive com as
praticas do CMMI. Há ainda no MPS.BR uma estrutura de níveis de maturidade, de
forma similar aquela existente do CMMI.
Figura_3 – Nível de Maturidade do MPS.BR
A – Em Otimização: preocupa-se com a questão da
inovação e analise;
B – Gerenciador Quantitativamente: avalia do
desempenho dos processos;
C – Definido: ocorre o gerenciamento de risco;
D – Largamente Definido: verifica valida, libera,
instala e integra, dentre outras atividades;
E – Parcialmente Definido: treinamento e adaptação
para gerenciamento de projetos;
F – Gerenciador: introduz controles de medição,
gerencia de configuração, conceito sobre aquisição e garantia da qualidade;
G – Parcialmente Gerenciado: inicia o gerenciamento
de requisitos e de projetos.
PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO
A SOFTEX realiza cursos para formação de consultores,
compradores e avaliadores MPS.BR. São ao todo 4 cursos:
Curso de Introdução - C1
Curso de Implementação - C2
Curso de Avaliação - C3
Curso de Aquisição - C4
Periodicamente, são realizadas provas a nível
nacional para certificar profissionais em cada um dos cursos descritos acima.
Tanto os cursos e as provas são realizadas nos Agentes SOFTEX em cada estado,
por exemplo:
SOFTEX Campinas (SP)
ITS (São Paulo - SP)
FUMSOFT (Belo Horizonte - MG)
RIOSOFT (Rio de Janeiro - RJ)
SOFTSUL (Porto Alegre - RS)
Entre outras
O CMMI Institute divulgou o Maturity Profile Reports
de 2013.
Figura_4 – Números da Avaliação
Os países que mais reportaram avaliação SCAMPI 2013.
O Brasil está da sétima colocação e a China lidera passando os Estados Unidos.
Figura_5 – Rank 2012
Dentre as avaliações do Brasil, temos um cenário de
maturidade das empresas;
Figura_6 – Avaliação de Maturidade
Figura_7 – Avaliação de Maturidade no Mundo
Figura_8 – Rank de Maturidade no Mundo
Estas empresas tiveram a obtenção da certificação:
Accenture SP 2005
BRQ SP 2006
Ci&T SP 2007
EDS SP 2006
EDS SP 2008
IBM RJ 2005
Instituto Atlantico CE 2009
Politec DF 2006
Spread Systems – MSA-Infor Unit MG 2010
Stefanini SP 2005
Tata Consultancy Services DF 2004
Unisys MG 2005
VANTAGEM E DESVANTAGEM
CMMI vantagem
O modelo de qualidade CMMI é reconhecido
internacionalmente e se tornou uma referencia no mercado. Empresas como a Microsoft
já adotam o modelo como estratégia para exportação da mão-de-obra brasileira,
buscando obter um diferencial competitivo.
CMMI desvantagem
O modelo CMMI é proprietário e envolve um grande
custo para a realização das avaliações do modelo para obter a certificação.
Geralmente o custo fica entre RS$200 mil a RS$1 milhão a depender da
Complexidade do processo. Além disso, é necessário
investir tempo, geralmente para se chegar aos níveis de maturidade mais altos
leva em média 4 a 8 anos. Essas dificuldades contrastam com a realidade das
empresas brasileiras que não podem realizar um investimento tão alto na
obtenção da certificação.
MPS.BR vantagem
O MPS BR foi criado com o objetivo de ser um modelo
de processo, que seja mais rápido de ser adquirida, adequado a realidade
brasileira e mais accessível do que os modelos de projeto como CMMI. Essa é
algumas das suas vantagens, além disso, é pode-se citar:
Possui sete níveis de maturidade, onde a implantação
é mais gradual e adequada a pequenas e médias empresas;
Possui compatibilidade com CMMI, facilitando à
obtenção do certificado.
Avaliação bienal das empresas.
Integração universidade-empresa.
Outra vantagem é o MPS BR passou a ser exigido no
processo de licitação.
MPS.BR desvantagem
Apesar do foco do MPS BR ser um meio das médias e
pequenas empresas alcançarem a qualidade nos processos e nos produtos
desenvolvidos, servindo como uma alternativa para o CMMI, a certificação não é
competitiva o suficiente para tornar a empresa competitiva internacionalmente.
CONCLUSÃO
Apesar dos dois modelos de desenvolvimento ter sido
criado com o mesmo propósito, o foco de atuação dos modelos são diferentes um
do outro. Enquanto o MPS BR é um modelo criado em função das médias e pequenas
empresas, o CMMI tem um foco global mais voltado para as empresas de maior porte.
Contudo apesar dessas diferenças é possível afirmar que
na realidade brasileira os modelos são complementares. As médias e pequenas
empresas adotam o MPS BR com o objetivo de conseguir alcançar uma padronização
e qualidade no processo com mais velocidade e de baixo custo. Uma vez alcançada
essa padronização a empresa já se encontra qualificada para tentar obter a
certificação CMMI.
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Gabaritou TI
Gabaritou TI é uma plataforma para resolução de questões on-line especializada em provas e concursos da Área de Tecnologia da Informação.
Publicado em 2 de dez de 2014
trabalho desenvolvido em grupo:
MPS.BR – Melhoria de Processos do Software Brasileiro - ENGENHARIA DE SOFTWARE
ANHANGUERA EDUCACIONAL - FACULDADE ANHANGUERA DE BAURU
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA TECNOLOGIA
DA INFORMAÇÃO
integrantes do grupo:
BRUNO ROMEIRO COMIN
GUILHERME ROBERTO SIMÕES
JOÃO FABIO MARQUES DA SILVA
KALLEL CHRISTIANINI BARBOSA
MATTHEWS HENRIQUE NICOMEDES
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